{Edificando} A beleza de caráter da mulher Sunamita

by - 23 novembro


Oii gente... Ontem, tive o privilégio de dar uma aula de Escola Dominical na classe de jovens da igreja. Passei a semana toda estudando e aprendendo com a 'mulher Sunamita'. Amei tanto o tema da lição e tudo que eu mesma aprendi com ela, que virou 'Edificando' por aqui, rs. 

Todas as vezes que eu já ouvi a respeito da história dessa mulher o foco sempre era a história em si que a Bíblia relata, ou os milagres que aconteceram com ela... Mas, dessa vez, o que mais me chamou a atenção estava nas entrelinhas da história: as qualidades de caráter da mulher Sunamita. Embora a bíblia nem registre o nome dela, registrou características que seriam preciosas para nós até os dias de hoje. A cada versículo, a cada atitude dela, podemos ter um vislumbre de quem ela era...

"Certo dia, Eliseu foi a Suném, onde uma mulher rica insistiu que ele fosse tomar uma refeição em sua casa. Depois disso, sempre que passava por ali, ele parava para uma refeição." (2 Reis 4:8)
  • Bondosa e caridosa, preocupando-se com o bem estar de outros.
  • Rica, a primeira coisa que há registrada sobre ela é que era uma mulher rica. Ao longo da Bíblia temos muitos exemplos negativos a respeito de riqueza e de pessoas que tinham amor ao dinheiro/poder/posses. Mas, nessa história, vemos um casal que conseguiu usar seus bens materiais de forma que agrada a Deus: com generosidade e caridade.

"E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo 
homem de Deus." (2 Reis 4:9)
  • Observadora e sensível, tinha sensibilidade espiritual para escolher bem suas companhias e quem seria recebido em sua casa... Ela e o esposo, provavelmente, não teriam recebido e abrigado em sua casa um homem que eles não tivessem certeza da índole. E o profeta Eliseu, não teria achado um lugar de paz, descanso e comunhão na casa de ímpios. Afinal, como diz em 1 Coríntios 15:33: "as más companhias corrompem os bons costumes".

"...Vamos construir lá em cima um quartinho de tijolos e colocar nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lamparina para ele. Assim, sempre que nos visitar ele poderá ocupá-lo" (2 Reis 4:10)
  • Sábia, seu marido confiava e dava ouvidos às suas opiniões;
  • Hospitaleira e cuidadosa, pensou nos detalhes para que seu hóspede tivesse conforto;

"Eliseu mandou que [seu servo] Geazi dissesse a ela: "Você teve todo este trabalho por nossa causa. O que podemos fazer por você? Quer que eu interceda por você junto ao rei ou ao comandante do exército? " Ela respondeu: "Estou bem entre minha própria gente." (2 Reis 4:13)
  • Humilde e genuína, não fez nada por interesse em ganho pessoal. Com essa resposta educada ela quis dizer que não precisava de nada, nem de pagamento nenhum. Se tivesse agido por interesse, poderia ter feito muitos pedidos como retribuição. (Note que não pediu, nem mesmo que o profeta orasse para ela ter um filho).

"Mais tarde Eliseu perguntou a Geazi: "O que se pode fazer por ela? " Ele respondeu: "Bem, ela não tem filhos, e seu marido é idoso". Então Eliseu mandou chamá-la de novo. Geazi a chamou, e ela veio até a porta.E ele disse: "Por volta desta época, no ano que vem, você estará com um filho nos braços". Ela contestou: "Não, meu senhor. Não iludas a tua serva, ó homem de Deus! " (2 Reis 4:14-16)

 E disse a mulher: "Acaso eu te pedi um filho, meu senhor? Não te disse para não me dar falsas esperanças?" (2 Reis 4:28)
  • Consciente e contente, ela estava em paz com sua realidade e com as coisas fora de seu controle. Como vemos através das histórias na Bíblia, filhos são bençãos. E vemos repetidamente mulheres estéreis orando e pedindo a Deus por filhos. E a bíblia não relata isso acontecendo com a mulher Sunamita. Pelas palavras dela ao profeta, é possível perceber que ela é uma pessoa conformada e consciente de sua realidade. Ela tinha certeza da impossibilidade de ter filhos. Mas é interessante, que é perceptível que a falta da benção de ter filhos, não a tornou fechada, nem amargurada (ao contrário de Ana, mãe de Samuel).

"Mas, como Eliseu lhe dissera, a mulher engravidou e, no ano seguinte, por volta daquela mesma época, deu à luz um filho. O menino cresceu e, certo dia, foi encontrar seu pai, que estava com os ceifeiros. De repente, ele começou a chamar o pai, gritando: "Ai, minha cabeça! Ai, minha cabeça! " Então o pai disse a um servo: "Leve-o para a mãe dele". O servo o pegou e o levou à mãe, o menino ficou no colo dela até o meio-dia, quando morreu." (2 Reis 4:17-20)
  • Mãe amorosa e dedicada, ela acompanhou de perto e o segurou nos braços o tempo todo, e deve ter feito tudo o que podia para tentar salvar a vida do filho.

"Ela subiu ao quarto do homem de Deus, deitou o menino na cama, saiu e fechou a porta. Ela chamou o marido e disse: "Preciso de um servo e uma jumenta para ir falar com o homem de Deus. Vou e volto depressa". Ele perguntou: "Mas, por que hoje? Não é lua nova nem sábado! " Ela respondeu: "Não se preocupe". Ela mandou selar a jumenta, e disse ao servo: "Vamos rápido, só pare quando eu mandar". Assim ela partiu para encontrar-se com o homem de Deus no monte Carmelo..." (2 Reis 4:21-25)
  • Mulher de atitude, num momento de dor inimaginável ela não sentou se lamentando, pensou imediatamente no que fazer e pôs em ação.

"...Quando ele a viu a distância, disse a seu servo Geazi: "Olhe! É a sunamita! Corra ao encontro dela e lhe pergunte: ‘Está tudo bem com você? Tudo bem com seu marido? E com seu filho? ’ Ela respondeu a Geazi: 'Está tudo bem'. " (2 Reis 4:25-26)
  • Mulher forte e de fé, ela responde "não se preocupe" ao marido (v. 23) e "está tudo bem" a Geazi, mesmo sabendo que não estava. Ela pode ter tentado evitar outras perguntas, ou talvez não queria contar a ninguém além do homem de Deus, que poderia ajudar. Mas, as respostas dela expressam uma fé e esperança profunda na providência e na misericórdia de Deus. Com seu filho querido tendo morrido em seus braços, ela teve fé e força suficientes para dizer: "está tudo bem", em uma situação que qualquer pessoa poderia estar gritando desesperada.

"Quando Eliseu chegou à casa, lá estava o menino, morto, estendido na cama. Ele entrou, fechou a porta e orou ao Senhor [...] Eliseu chamou Geazi e o mandou chamar a sunamita. E ele obedeceu. Quando ela chegou, Eliseu disse: "Pegue seu filho". Ela entrou, prostrou-se a seus pés, curvando-se até o chão. Então pegou o filho e saiu." (2 Reis 4:32,37)

Ainda há muitas outras lições valiosas nessa história, como o fato de que Deus pode fazer além do que esperamos ou pensamos ser possível... Ou ainda o fato de que essa mulher serviu ao Reino de Deus com sua casa e sua hospitalidade. Mas, uma coisa é conclusiva, ela colheu os frutos de sua generosidade e bondade por muitos e muitos anos (2 Reis 8:1-6). Posso dizer que fiquei maravilhada em aprender tanto com uma mulher que nem sei o nome... E oro para que cada uma de nós possamos buscar e cultivar todas essas qualidades com a ajuda do Senhor, e alcançar um caráter belo e que agrade a Deus.

O que acharam da reflexão?
Fiquem a vontade para deixar um recadinho...
Tenham uma ótima semana.
Fiquem com Deus... Beijos!

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9 comentários

  1. Gostei muito !! lendo numa tarde de Domingo. glória a Deus !!

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    1. Oii... Que benção!
      Fiquei muito feliz com seu recadinho...
      Volte sempre! Beijo.

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  2. Que bela reflexão, realmente a mulher Sunamita é um grande exemplo para nós.

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  3. Amei esse resumo, tbm amo essa história, exemplo a ser seguido por nós mulheres

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  4. Amo essa msg eu choro com tudo que mim faz refletir nessa msg.

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  5. Amém 🙏 gostei muito, já ministrei essa passagem da mulher Sunamita mas você conseguiu ver várias qualidades que ela tinha, e que podemos aprender e aplicarmos na nossa vida cotidiana!!que Jesus continue lhe dando-lhe expiração divina, para fazer seus devolcional para ajudar a cada um de nós

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  6. Maravilha de estudo. Me ajudou muito! Benção!

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  7. Muito edificante, amei

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